quinta-feira, setembro 18, 2008

Monte Verde*

Pensar em Monte Verde me traz boas recordações. Certa vez, fui até lá com meus amigos para curtir o clima aconchegante e harmonioso do lugar.

Em um de nossos passeios pela cidade conheci uma pessoa que nunca me esquecerei. Ela era linda, seus belos olhos esverdeados e os cabelos negros, longos e cacheados me encantaram.

Estava sempre rodeada de amigos, mas na primeira oportunidade que tive me aproximei para conhecê-la e foi paixão a primeira vista. Lembro-me com saudade daqueles momentos maravilhosos que passamos juntos, os passeios em meio a belas montanhas e nossas juras de amor.

Mas, o triste dia da despedida chegou e tivemos que nos separar. Antes de partir prometemos nos encontrar novamente no próximo ano.

Hoje aguardo ansiosamente a chegada deste dia para encontrá-la novamente.

*Conto criado para peça publicitária do Rancho São Xico.

quinta-feira, setembro 11, 2008

Soneto à Lua

Mesmo na mais profunda solidão
Das noites frias ao relento
Desperta um singelo sentimento
Escondido no profundo coração

A luz que emana de sua alma
Ilumina a todos os apaixonados
Sua face encantadora acalma
E inspira os poetas tão adorados

Parada lá no alto, inacessível
Com seu brilho de raro esplendor
Ofusca até o impossível

Embala o romance dos amantes
Inspirando suas juras de amor
Transformando as horas em instantes

terça-feira, setembro 02, 2008

O passivo e o explosivo.

Dois amigos, o passivo e o explosivo, desde a infância convivem juntos, porém, com comportamentos totalmente opostos, enquanto para o passivo tudo é feito com muita análise e por muitas vezes, de tanto pensar, deixa de realizar aquilo que deseja devido ao risco de se machucar. Muito ponderado, faz tudo com muita calma, às vezes tão devagar que não consegue resolver todos os problemas que o cerca.

O explosivo é o outro lado da moeda, não costuma pensar, quer saber de ação, agir, resolver. Sempre imperativo, se joga de cabeça em tudo que faz, vive na corda bamba, para ele é tudo ou nada.

Com o passar dos anos eles se afastam devido às inúmeras divergências de valores e constantes conflitos que, na maioria das vezes, são vencidos pelo explosivo, pois o passivo, para preservar a amizade, deixava de lado a briga. Até que um dia isso se tornou insuportável e o passivo, tomando uma atitude semelhante a do explosivo, dá um basta em tudo e põe um fim a tudo.

O explosivo, a exemplo do passivo, deixa a briga de lado e entrega os pontos, aceitando a separação dos dois. E assim, separados seguem cada vez mais fundo e arruínam suas vidas, um agindo como o outro, como uma forma de tentar compreender, uma maneira de corrigir os erros do passado. O passivo, cheio de atitude, enfia os pés pelas mãos e o explosivo, com muita cautela, não age nunca.

Até que um dia se cansam e resolvem voltar às raízes e ser o que eram antes, o explosivo agindo seguindo seus impulsos e o passivo com sua típica paciência. Aos poucos, agindo como sabem, começam a superar os obstáculos e finalmente se encontram e conseguem reconciliar-se e voltar a ser aquilo que sempre foram, grandes amigos divergentes.

Entenderam, finalmente, que por pior que possa parecer, o melhor é ser o que é.

segunda-feira, setembro 01, 2008

O sol da meia noite

O sol da meia noite
Mesmo quando escurece
Brilha tão forte
Que não desaparece

Este sol é tão estranho
Ninguém o conhece
Ninguém sabe seu tamanho
Nem se ele estremece

Será que precisa de filtro solar?
Parece ser tão confuso
Não sei por onde procurar
Perdido em um texto difuso

Dizem que fica pras bandas do sul
Sozinho, perdido no mar azul

Mas por que será que ele aparece?
Isso ninguém explica
Ao tentar ele se esquece
Quanto mais se fala, mais o complica