sábado, outubro 17, 2009

O devaneio das horas

Este efêmero desejo que nasce
No clímax voa pelo ar das auroras.
Marcado, transpor do momento, na face,
Guiado pelo devaneio das horas.

O tempo segue sem ter rumo vagando,
Escorre entre os dedos, desatino.
Em lágrimas partem as gotas, rolando.
Areias caem, atravessam, destino.

O grito, eco do relógio, difusão.
São números, apenas correm sem parada,
Segundos que passam sem ter direção,
Os dias neste vil cair, madrugada.

Futuro, passado, tão curto presente,
Rolar eterno destas púrpuras águas.
Do peito cessam as feridas da mente.
Perder, sentidos são rasgados, as mágoas.

Se foi, crepúsculo, tão tinto o sabor.
O sino, último reviver da fala.
Semanas, meses, anos perdem-se na dor
E outra vez este agora se cala.

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