segunda-feira, fevereiro 23, 2009

A última hora

Olha para o relógio 16:59:59, 17:00:00. Enfim ela chegou, a última hora, falta pouco, apenas uma hora, sessenta minutos. Concentra-se em suas atividades para que o tempo passe mais rápido, finaliza tudo e começa pensar “Agora falta pouco”, olha para o relógio, 17:08:35 parece que o tempo não quer passar. Começa a buscar novas alternativas para ocupar o tempo, toma um café, vai ao banheiro, olha o movimento, adianta o trabalho do próximo dia, 17:16:25, o relógio parece estar de brincadeira, deve ter quebrado ou com a bateria fraca, melhor conferir em outro, 17:17:02, definitivamente o tempo desistiu de andar.

As tentativas partem para novos horizontes, tenta conversar com as pessoas ao seu redor, realiza todas as atividades que o local lhe proporciona, chega ao extremo de pedir ao céu, Deus, ou qualquer um que possa ajudar. 17:34:53, a hora avança, falta pouco mais de vinte minutos, a espera se aproxima do fim, um sorriso surge no rosto, a liberdade está próxima.

17:42:23, já não sabe mais o que fazer para se distrair, anda de um lado para o outro, 17:44:46, os minutos se tornam horas, e os dez minutos finais assemelham-se ao total de horas que está prestes a superar, como se fosse os últimos passos de um maratonista, perto da linha de chegada, pesados e lentos. 17:58:00, a ansiedade começa dominar sua mente. 17:59:00, o último minuto, os últimos sessenta segundos, os outros não pareciam ser tão longos. 17:59:45, falta muito pouco, 17:59:50, começa a contagem regressiva, 17:59:51, 17:59:52, 17:59:53, 17:59:54, 17:59:55, 17:59:56, 17:59:57, 17:59:58, 17:59:59, o esforço final do relógio para mudar a hora, 18:00:00.

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