O sítio
Quando era criança, costumava passar algumas de minhas férias num sítio, uma pequena propriedade de um tio.
Ele já morava há anos naquele lugar e sempre que ia à casa de meus pais, convidava-nos a fazer uma visita.
O pequeno sítio não possuía muitas terras. Tinha uma casa posicionada no centro, cercada por poucas, porém belas, árvores frutíferas.
Logo na entrada, após atravessar a portinhola sob a placa, já era possível visualizar a fachada, com uma cadeira de balanço à direita e uma grande roda de carroça do outro lado para enfeitar. Atrás da singela edificação havia uma pequena horta, com alguns tipos de verduras e legumes.
O interessante destas vistas era a possibilidade de sentir por alguns dias, mesmo que de forma ilusória, como seria viver no campo. Acordar de manhã e colher algumas frutas para o desjejum, passeios em torno da propriedade, cuidar do pomar e da horta, pescar em um lago que ficava a poucos quilômetros da casa, entre outras atividades.
A partir de meados de minha adolescência, deixei de visitá-lo em sua propriedade. Porém, às vezes ainda me pergunto como andam as coisas para meu tio e seu sítio.
Na verdade, há muito tempo, não recebo notícias nem de um ou do outro. A recordação mais forte que tenho dessas visitas era comentário, em tom de lamento, que meu tio fazia:
- Sabe, a vida no campo é boa, mas nada se compara a agitação e a variedade que temos vivendo cidade.
O que me faz pensar que nunca conseguimos obter a satisfação em seu estado pleno, pois ao conquistar aquilo que desejamos passamos a sonhar como que não possuímos.
Ele já morava há anos naquele lugar e sempre que ia à casa de meus pais, convidava-nos a fazer uma visita.
O pequeno sítio não possuía muitas terras. Tinha uma casa posicionada no centro, cercada por poucas, porém belas, árvores frutíferas.
Logo na entrada, após atravessar a portinhola sob a placa, já era possível visualizar a fachada, com uma cadeira de balanço à direita e uma grande roda de carroça do outro lado para enfeitar. Atrás da singela edificação havia uma pequena horta, com alguns tipos de verduras e legumes.
O interessante destas vistas era a possibilidade de sentir por alguns dias, mesmo que de forma ilusória, como seria viver no campo. Acordar de manhã e colher algumas frutas para o desjejum, passeios em torno da propriedade, cuidar do pomar e da horta, pescar em um lago que ficava a poucos quilômetros da casa, entre outras atividades.
A partir de meados de minha adolescência, deixei de visitá-lo em sua propriedade. Porém, às vezes ainda me pergunto como andam as coisas para meu tio e seu sítio.
Na verdade, há muito tempo, não recebo notícias nem de um ou do outro. A recordação mais forte que tenho dessas visitas era comentário, em tom de lamento, que meu tio fazia:
- Sabe, a vida no campo é boa, mas nada se compara a agitação e a variedade que temos vivendo cidade.
O que me faz pensar que nunca conseguimos obter a satisfação em seu estado pleno, pois ao conquistar aquilo que desejamos passamos a sonhar como que não possuímos.
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