A caneta que não queria escrever
Tremendo era o medo daquela caneta. Não havia argumento que a convencesse escrever.
Desde as mais experientes, que por muitos papéis já passaram vivendo histórias, embalando corações com canções, poesias ou cartas de amor, desenhando com a criança, assinando os documentos e tantas outras realizações, não apresentavam motivos convincentes que mudassem sua mente.
Eram muitas as opiniões, algumas afirmavam, “não pode ser assim, caneta tem que escrever”, outras avisavam, “não pode parar, assim você vai secar”.
– Não me importa que seque. Minha tinta não colocarei em cheque. Dizia turrona, sempre com furor.
Enquanto outras canetas completavam seu ciclo, olhando com orgulho para as obras realizadas, ele ficava solitária sem nada para ostentar, além do tinteiro cheio, com o conteúdo preservado. Isso parecia lhe bastar.
Porém, o que ninguém sabia era a origem do seu medo. Temia falhar no momento decisivo e ser deixada de lado, jogada, abandonada. - E se minha tinta acabar para onde vou? - sempre se perguntava.
E assim ela seguiu até secar, sua tinta endureceu e o fim que sempre temeu tornou-se realidade. O lixo foi seu destino, sem deixar ao menos um pequeno traço, mesmo que de teste, para ser lembrada.
Desde as mais experientes, que por muitos papéis já passaram vivendo histórias, embalando corações com canções, poesias ou cartas de amor, desenhando com a criança, assinando os documentos e tantas outras realizações, não apresentavam motivos convincentes que mudassem sua mente.
Eram muitas as opiniões, algumas afirmavam, “não pode ser assim, caneta tem que escrever”, outras avisavam, “não pode parar, assim você vai secar”.
– Não me importa que seque. Minha tinta não colocarei em cheque. Dizia turrona, sempre com furor.
Enquanto outras canetas completavam seu ciclo, olhando com orgulho para as obras realizadas, ele ficava solitária sem nada para ostentar, além do tinteiro cheio, com o conteúdo preservado. Isso parecia lhe bastar.
Porém, o que ninguém sabia era a origem do seu medo. Temia falhar no momento decisivo e ser deixada de lado, jogada, abandonada. - E se minha tinta acabar para onde vou? - sempre se perguntava.
E assim ela seguiu até secar, sua tinta endureceu e o fim que sempre temeu tornou-se realidade. O lixo foi seu destino, sem deixar ao menos um pequeno traço, mesmo que de teste, para ser lembrada.
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