Relógio
O cruel relógio que avança
Avança veloz, sem piedade
E onde a vista não alcança
Leva nossa jovialidade
Preguiçoso relógio que não vai
Não sai do lugar, estacionado
Nem o solo o ponteiro atrai
Por eras somos mortificados
Esse vil relógio entrega-se
Aos caprichos do bruto tempo
Que esconde-se sob tantas faces
Que dissolve-se como o vento
Avança veloz, sem piedade
E onde a vista não alcança
Leva nossa jovialidade
Preguiçoso relógio que não vai
Não sai do lugar, estacionado
Nem o solo o ponteiro atrai
Por eras somos mortificados
Esse vil relógio entrega-se
Aos caprichos do bruto tempo
Que esconde-se sob tantas faces
Que dissolve-se como o vento
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