sexta-feira, maio 22, 2009

A tempestade

A chuva que havia começado serena, em algumas horas, transfigurou-se para violenta, de garoa a tormenta. As gotas cortavam os céus e arrebentavam no chão. Acompanhadas por pedras devastadoras, desastrosos raios e inibidores trovões.
Há muito não se via tão violenta tempestade, que sem dó e, muito menos, piedade, arrasavam tudo por onde passava, deixando para trás um rastro de destruição.
Ao voltar para o oceano, além de todos seus elementos, adquiriu novos ventos e as ondas, passou a conduzir. Perdida, no meio das águas, estava a pequena embarcação de pescadores que atiraram-se ao mar em busca do sustento.
Ainda não possuíam grande experiência. Em contra partida, sobrava-lhes petulância. Por isso, encontravam-se em tal circunstância, presos no mar, em meio a tão horrível temporal.
Por ignorar os conselhos dos mais velhos, sábios conhecedores das águas salgadas, seguiram o destino dos arrogantes. Deixaram de lado os avisos por considerarem-se autossuficentes, por não precisarem de ajuda, por sentirem-se inteligentes, por dias perdidos no mar. Enterrados como indigentes em terras tão distantes, pelo simples fato de não aceitar e esperar por alguns instantes.

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